quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Projeto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES
PROFLETRAS
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM LETRAS


TEMA: "Atividades de reescrita: práticas escolares de ensino da Linguagem"

PROBLEMA: 
  • Como avaliar e orientar a reescrita de textos produzidos pelos alunos nas aulas de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental.
OBJETIVO GERAL:
  • Investigar estratégias de ação para o ensino de Linguagem voltadas ao desenvolvimento cognitivo e discursivo dos alunos, tornado-os capazes de exercer suas práticas interativas de forma responsiva e ativa.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
  • Levantar dados sobre  a prática de ensino de Linguagem;
  • Formular estratégias de ação para reescrita dos textos dos alunos de forma interativa;
  • Desenvolver as estratégias formuladas com práticas de produção e reescrita textual dos alunos;
  • Sistematizar os resultados obtidos.


JUSTIFICATIVA:
Com os estudos das teorias do texto e do discurso, surgiram muitos equívocos quanto ao ensino da Linguagem, como o de que o ensino da gramática não fosse mais necessário. Houve aqueles que afirmaram que somente a leitura e a análise de textos (interpretação), sem nenhuma sistematização com a gramática seriam suficientes para o ensino de Língua Materna. Não se nega que a gramática que o falante já traz interiorizada basta para o mínimo necessário à comunicação em uma sociedade. Entretanto deve-se levar em consideração que na sociedade há situações que só se comunicar não basta: é preciso utilizar convenções, obedecendo certas normas, tidas como "padrão".
O ensino de Linguagem, entretanto, não pode continuar acontecendo na base da regra pela regra, da memorização de nomenclaturas, a partir de frases soltas e sem sentido, assim como também não adianta utilizar o texto somente como pretexto, retirando dele palavras e frases e continuando apenas com um ensino normativo e classificatório. Prestes (1996) já evidenciava que é preciso pensar em um ensino de Linguagem evidenciando seu uso, destacando-se a funcionalidade e procurando inseri-lo em situações reais. Irandé Antunes (2014) também acredita que a aprendizagem da Gramática tem que ser contextualizada, apoiada pela observação das funções comunicativas que são pretendidas no texto.
Estudar a Linguagem de forma contextualizada faz com que o aluno reflita sobre a língua, assim como também reflita sobre seus usos e sua funcionalidade uma vez que esta está diretamente ligada a um contexto social. Nessa perspectiva, o trabalho de "correção de textos", não deve ser direcionado para apontar "erros" nos textos dos alunos, mas sim como um sistema de atividades que articulem leitura, análise linguística às intervenções do professor e as sucessivas reescritas.(GONÇALVES e BEZARIM, 2009)
Nesse sentido este estudo faz-se necessário na medida que pode contribuir para a prática docente, desmistificando alguns equívocos sobre o ensino de Linguagens, proporcionando momentos de reflexão e análises de práticas docentes recorrentes.

METODOLOGIA:

 Esse projeto será desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e de pesquisa ação. Num primeiro momento após diagnosticar o problema seriam realizados levantamento de dados e pesquisas bibliográficas. Após esse levantamento pretende-se a formulação de estratégias de ação para o ensino de Linguagens. em seguida essas estratégias seriam aplicadas para assim acontecer a sistematização dos dados obtidos.     

INDICAÇÕES TEÓRICAS:

ANTUNES, Irandé. Gramática contextualizada: limpando "o pó das ideias simples". São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
ANTUNES, Irandé. Muito Além da Gramática: por um ensino da língua sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
FRANCHI, Carlos etal. Mas o que é mesmo "gramática"? São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
NEVES, Maria Helena de Moura (org). Gramáticas contemporâneas do português: com a palavra os autores. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. Ensino de português como elemento consciente de interação social: uma proposta de atividade com texto. Ciências & Letras. Porto Alegre : FAPA, n. 17, p.189-198, 1996.

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